Perdi o sonho

Ficou evidente que eu não seria correspondido. Restou caminhar pela da avenida, Gentil, quando me surpreendeu o assalto, bem no trecho em que de um lado há o cemitério da Soledade e do outro uma das farmácias mais antigas de Belém. Certeira, a serpente, prende-me o braço direito. E de pronto vem em meu socorro o braço esquerdo. Talvez ele possa impedir que a víbora lance seu veneno, até que me socorram os homens de
branco. Mas para meu desespero, eles chegam e só estão interessados em colher uma amostra do veneno. E é isso que fazem, me deixando à própria sorte.
                                              Emmanuel Nassar

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